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Como navegar em tempos difíceis: aprendizados de empreendedores experientes

Para empreender é preciso conhecer o mar.

Assim como quem conduz um navio, empreendedoras e empreendedores precisam se preparar para tempestades, chuvas e marés. Com resiliência, é possível continuar seguindo o caminho e chegar ao destino final.

Os Mentores Endeavor  Martín Escobari, co-presidente da General Atlantic, e o César Carvalho, co-fundador e CEO da Gympass, sabem bem como navegar em tempos difíceis.

Em um painel do Scale-Up Day 2022, mediado pela Diretora Geral da Endeavor, Camilla Junqueira, eles compartilharam como os desafios moldaram suas trajetórias empreendedoras.

Clique aqui e veja como foi o Scale-Up Day 2022

Conexões que transformam

César e Martín se conheceram durante uma reunião de negócios. A Gympass estava crescendo e durante um papo com os investidores, Martín entrou na reunião. Não demorou para os dois se conhecerem pessoalmente e Martín ajudar César a expandir globalmente.

No meio dessa história, eles perceberam muitas coisas em comum: excelentes vendedores, ambos acreditavam em seus negócios.

“Teve muita empresa brasileira que tentou globalizar, mas até hoje não temos um grande campeão global nascido no Brasil. Se você quiser globalizar a Gympass, tem que começar pelos Estados Unidos, que é o maior mercado de academias do mundo. Você tem que se mudar para lá”. E foi com esse conselho que César voou para outro país e deu início ao seu negócio com a ajuda de Martín.

Martin deu esse conselho porque já havia passado por essa experiência. E por todas as tempestades de quando se começa um negócio.

A pedra no caminho de Martín

Martín já era um investidor bem sucedido na América Latina quando resolveu embarcar para o sonho de empreender em outro país. Ele queria conhecer outras empreendedoras e empreendedores latinos que haviam despontado globalmente, mas para sua surpresa haviam pouquíssimos. Na verdade, apenas um.

Mas isso não o abalou. Martín gostava de desafios. Era o momento de se reinventar e aprender mais.

Voltou ao Brasil e se deparou com mais um problema: a bolha da internet no começo dos anos 2000.

Era o início da Submarino, empresa fundada por Martín, e que veio a se tornar um dos maiores e-commerces do país. Martín e seus sócios já haviam levantado 200 milhões de dólares . Porém, quando a bolha estourou, o caixa havia sido totalmente usado e nenhum investidor estava disposto a colocar mais dinheiro no e-commerce.

Ele ia vender a empresa.

Porém, o comprador desistiu em cima da hora e Martín tomou a decisão de salvar a Submarino: reinventou suas operações, estratégias e, em dois anos, a empresa saiu de um saldo negativo para o lucro.

“São nos momentos de crise que surgem as grandes oportunidades. Se não fosse essa quase venda, eu não teria me reinventado e nem a Submarino. Quando ficamos mais velhos, não lembramos dos dias ensolarados, mas dos momentos de tempestade que mostram o quão intensa foi nossa jornada”,finaliza Martín.

O grande desafio de César

Para César, a tempestade aconteceu na pandemia. Com uma plataforma de saúde e bem-estar que conectava clientes e academias, e dependia quase que 100% da presença do cliente no estabelecimento, surgiu a incerteza: e agora? Com as academias fechadas e um produto inexistente, como prosseguir?

Mas ele  não demorou para botar em prática seu plano: na semana seguinte ao lockdown europeu, se reuniu  com todas as lideranças da Gympass. Decidiram, ali, inovar, ir além. Era preciso continuar oferecendo saúde e bem-estar mesmo com as pessoas em suas casas.

“O time de digital, até então pequeno, teve a melhor ideia: pegaram um piloto, uma parceria com alguns apps de bem-estar e atividades físicas para se fazer em casa e levamos ao mercado. Falamos com cada um desses aplicativos, fechamos parcerias e colocamos eles dentro da nossa plataforma”, conta César.

E foi sucesso. Com um mundo que precisava mudar seus hábitos de saúde, o negócio evoluiu. Hoje, a Gympass conta com dois segmentos, atividades físicas e programas de qualidade de vida dentro do aplicativo, que mostraram como a resiliência é importante mesmo no mais desafiador dos cenários.

Foi preciso mudar, se reinventar e acreditar no seu próprio produto. E foi isso que César que fez.

O aprendizado

Deste painel, fica o aprendizado: um capitão não navega sozinho.

“Acho que a melhor coisa que um CEO faz nos momentos em que existe a incerteza é ser transparente. Falar o que você sabe e não sabe. Construir um time de liderança com os mesmos valores e que compartilhe todos os fardos que o CEO tem. Também levar o olhar de dono para os funcionários, para que todos naveguem juntos. Você sai da crise com um time mais unido”, finaliza César.

Navegar, assim como empreender, não é uma linha reta. O Martín e o César tiveram uma longa jornada até chegarem ao seu destino final: serem referência no empreendedorismo e praticarem o giveback, contando suas histórias aos novos capitães que estiveram presentes no Scale-Up Day – e agora em todo o país.

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